Bitcoin Está Muito (Muito) Barato
Reflexões concisas, digests, e highlights da economia brasileira e global essa semana.
Obrigado por se juntar aos 1.060 leitores que querem se tornar seus próprios soberanos.
Nosso Cohort #1 de I'm No Economist (20 pessoas) fechou muito rápido. Nessa edição estamos abrindo o Cohort #2 (15 pessoas) e o último que vai ser free.
Não vamos vender nada.
É só troca real: eu, o Bruno e o time do I'm No Economist compartilhando aprendizados, ferramentas, decisões difíceis e erros de percurso.
Se quiser entrar, só chegar. Boa leitura!
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🧠 1.050+ pessoas já fazem parte da comunidade de leitores que querem construir autonomia real — financeira, geográfica e intelectual
📬 140 edições da newsletter publicadas com conversas francas sobre economia, poder e liberdade pessoa.
🎧 6 edições do podcast semanal com bastidores, erros e aprendizados reais da jornada: https://www.youtube.com/@ImNoEconomist
💬 Cohort #2 aberto: grupo de até 15 pessoas no WhatsApp pra trocar ideia e montar, juntos, nossas holdings pessoais:
Apenas Compre Bitcoin
Essa semana tivemos mais uma bela notícia no Brasil: para trocar seus reais brasileiros por dólares americanos ou outras moedas internacionais, o preço do imposto sobre operações financeiras (IOF) dobrou.
E antes que algum arrombad* fale que isso só vai impactar quem tem muito dinheiro, e incentivar a deixar mais dinheiro no Brasil, isso tem impacto em todo mundo. Empresas que precisam comprar produtos importados - imagine industria farmacêutica, por exemplo. Ou até mesmo agro, que precisa importar maquinário pra fazer comida - vão ter que repassar os custos pra quem está nas menores faixas de renda.
O que me faz dizer que, enquanto ainda é possível, compre Bitcoin. Enquanto ainda existe oferta desse dinheiro mágico por aí. Antes que todos os fundos de investimento com centenas de bilhões de dólares disponíveis suguem todos os Bitcoins do sistema (depois de mais de uma década criticando-o, by the way).
Agora, continuando a nossa jornada para a soberania individual…
Hoje vamos falar de como montar a sua própria marca pessoal internacional. Acredite, vai ser importante.
Uma pausa na nossa jornada para mais um aviso da importância de se tornar soberano
Antes de a gente seguir com a nossa jornada de como sair dessa zona governamental global que a gente vive, quero mostrar mais dados da importância de se tornar seu próprio soberano.
Primeira coisa, quero esclarecer porque montar uma marca internacional é tão importante pro seu plano de soberania individual: os governos e suas moedinhas estão ruindo. Eles não conseguem mais controlar a inflação usando política monetária (abaixando ou diminuindo juros), porque seu fiscal está quebrado (muito gasto, mesmo cobrando muito imposto).
Eu escrevi sobre esse fenômeno de dominância fiscal lá em 2022, 2023 e dezembro de 2024 sobre como política monetária não ia mais adiantar para controlar a inflação. Os governos do mundo inteiro ficaram muito gananciosos e gordos, burros e até a beira do criminoso em relação a seus gastos. E que, por isso estaríamos onde estamos agora:
Situação do Brasil (ficar de olho para quem recebe em reais brasileiros)
A dívida pública brasileira atingiu 77,7% do PIB em 2024 (podendo chegar em 95% em 2025)
O país acumula déficits primários (gastos maiores que arrecadação) desde 2014, somando R$ 1,6 trilhão nesse período
Mesmo com a taxa Selic em alta (14,75%), a inflação projetada para 2025 é de 5,5%, acima do teto da meta (4,5%)
O dólar permanece em patamares elevados (R$ 5,65 em mai/2025), mesmo com o "choque de juros" implementado pelo Banco Central
Por que isso é preocupante?
Desvalorização cambial: A fuga de capitais leva à desvalorização do real, o que pressiona ainda mais a inflação, criando um ciclo negativo.
Inflação persistente: No limite, pode-se chegar a um cenário de inflação fora de controle, como ocorreu no Brasil nos anos 1980.
Situação dos EUA (ficar de olho porque tem a maior economia do mundo, moeda mais demandada, etc)
Conforme Bloomberg Línea (2024): A dívida dos EUA atingiu US$ 34 trilhões em 2024, equivalente a 98% do PIB americano. Apesar disso, o dólar continua dominante devido ao seu papel central na economia global:
Representa a maior parte das reservas globais (governos, empresas, pessoas guardando dinheiro em USD)
A maior parte dos empréstimos internacionais é feita em dólares
Situação do Japão (ficar de olho para ver como é o caso extremo de dominância fiscal):
Se os EUA representam um caso de dominância fiscal em estágio inicial, o Japão é o exemplo de um país que vive há décadas sob esse regime (mais estágio final, e vamos ver o perigo de uma situação dessa usando Japão como exemplo já, já):
A dívida pública japonesa atingiu US$ 9,2 trilhões (2023), correspondendo a impressionantes 266% do PIB - o percentual mais alto entre as principais economias do mundo.
Para efeito de comparação, isso é quase três vezes a proporção americana.
Um futuro arrombad* para quem respeita governos
Para quem está no cohort #1 da nossa comunidade no Whatsapp, na sexta-feira a noite eu estava fazendo um exercício com ChatGPT e Manus AI de como vão se ros próximos 50 anos em relação a economias, evoluções sociais, como governos, pessoas e empresas vão se comportar e como garantir a autonomia individual (algo que perdemos tanto nos últimos 30 anos como sociedade global).
O futuro para quem não se preparar, é sombrio. Vou postar aqui o resultado que o Chat GPT me deu para os próximos 10 & 20 anos. Se quiser saber como vão ser os próximos 30-50 anos, entra no cohort #2 do Whatsapp (15 vagas):
Próximos 10 anos (2025–2035): A Policrise se torna o novo normal
Forças dominantes:
Instabilidade climática: escassez de alimentos e água, queimadas, enchentes, perda de segurabilidade de ativos.
Excesso de dívidas: governos e indivíduos afogados em dívidas; o crescimento econômico estagna.
Disrupção por IA: milhões de empregos remodelados ou eliminados; poucos se beneficiam, muitos se perdem.
Fragmentação geopolítica: tensão crescente entre EUA e China por Taiwan, chips e cadeias de suprimento.
Impacto sobre a população:
Ansiedade em massa, especialmente em classes médias urbanas.
Burnout acelerado em cidades densas.
Desigualdade explode: quem tem acesso à IA e capital global vira uma nova aristocracia.
Migração climática começa, mas ainda não em escala catastrófica.
Quem se adapta melhor:
Pessoas ágeis, globais, com alfabetização digital, mobilidade financeira e baixa dependência estatal.
Próximos 20 anos (2035–2045): O colapso do “normal”
Forças dominantes:
Colapso das taxas de natalidade: países ricos envelhecem rápido; países pobres também não têm filhos suficientes.
Guerras mudam de forma: poucas guerras diretas; domínio de ciberconflitos e guerras por procuração. Paz vira desconfiança.
Enfraquecimento do dólar: moedas digitais crescem; BRICS e rotas de comércio alternativas desafiam a hegemonia americana.
Transformação das cidades: mais vigilância, menos liberdade; surgem muros climáticos físicos e digitais.
Impacto sobre a população:
Governos ficam mais autoritários para manter controle.
Surgem elites “melhoradas” com bioengenharia + IA, separadas de massas desconectadas.
A saúde mental se torna a principal crise sanitária global.
Democracias entram em colapso de confiança; só sobrevivem com reformas radicais.
Quem se adapta melhor:
Pessoas com dupla cidadania, renda passiva, acesso a tecnologia emergente, e redes de confiança locais.
Resumindo…
Não importa em quem você vota. Essa fase já passou faz tempo. Durma e acorde pensando em como você consegue ser uma pessoa mais livre, mais soberana, menos dependente.
O cenário mais provável é um esfacelamento gradual, não um colapso repentino. Um mundo onde:
Clima, tecnologia e geopolítica destroem regras antigas
Identidade se fragmenta e se reconstrói constantemente
Sobrevivem os que pensam em camadas e redes, não em bandeiras ou cargos
Não é ficção. É a continuação lógica de tendências atuais, multiplicadas pela aceleração tecnológica e o tribalismo humano.
Fica de olho. Se mexe.
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Semana que vem explico como construí uma carreira internacional com contratos em dólar.
Eu mostro como comecei a construir uma carreira internacional mesmo morando no interior do Brasil, sem passaporte europeu, sem prometer que ia virar nômade digital em Bali.
Se quiser trocar ideia com quem também tá montando sua holding pessoal, entra no grupo de WhatsApp:
Nos vemos lá.